Juntos para sempre

“Juntos para sempre”- “A dog’s journey”, Estados Unidos, 2019

Direção: Gail Mancuso

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Um cachorro chamado Bayley é o personagem principal desse filme, e também o narrador. O que faz todo o charme porque vemos o que o cachorro vê e o que ele pensa sobre o comportamento humano.

“Juntos para sempre” é a continuação de outro filme, com os mesmos personagens, que traz a ideia de que nossos animais de estimação podem reencarnar. É uma fantasia que consola e encanta quem perdeu um bichinho adorado. E não é tão absurda assim, já que milhões de pessoas acreditam em reencarnação. Porque não estendê-la aos nossos animais queridos?

Assim vemos Bayley em suas várias reencarnações, sempre procurando por CJ, neta de Ethan (Denis Quaid), seu primeiro dono. O avô pedira que ele protegesse a neta.

Uma tragédia acontecera e Gloria ( Betty Gilpin) não era boa mãe para a menina. As duas abandonaram a fazenda dos avós de CJ (Kathryn Prescott) e foram viver na cidade. Isso foi muito difícil para a menina que adorava os avós e Bayley.

Vamos seguir as vidas do cachorro e acompanhar a sempre busca da neta de seu amado dono.

Cachorros e crianças sempre fazem filmes que emocionam. É o caso aqui. Mesmo se você não gosta de cachorros, mas ama os animais, esse filme vai envolver você.

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Blue Bayou

“Blue Bayou”- Idem, Estados Unidos, Canadá, 2021

Direção: Justin Chon

Uma bela luz azul torna etérea e mágica uma lagoa pantanosa. Esse lugar é o preferido de Antonio Leblanc (Justin Chon) para meditar sobre sua vida.

Estamos em Nova Orleans, cidade nos Estados Unidos, onde Antonio mora com a mulher Vicky (Alicia Vikander) e Jessie, sua enteada de 5 anos.

A família vai aumentar porque Vicky espera um bebê. A vida deles não é fácil mas há amor naquela casa.

Antonio, nascido na Coreia do Sul, foi adotado nos anos 80 do século passado por pais americanos brancos, como outras milhares de crianças de países orientais. Ele se considerava cidadão coreano-americano, dada a adoção aos 3 anos de idade.

Mas tudo muda quando a lei de adoção é revista  e indica a repatriação dessas crianças, hoje adultas e com uma vida nos Estados Unidos.

Antonio fugira da casa dos pais adotivos por causa da violência que a mãe e ele sofriam. Ficou só e na rua.

Sem escolhas, ele se envolveu com um grupo que roubava motos. Foi preso e tinha ficha suja. Difícil conseguir quem o empregasse. Sobrevivia fazendo tatuagens.

O filme explora essa injustiça que afeta todas as crianças adotadas que não tiveram sorte com os pais adotivos. Uns porque não fizeram o que mandava a lei em termos de obter cidadania, outros porque não queriam mais aquela criança, que ia de casa em casa, sempre rejeitados. Sua situação era dramática porque não mais pertenciam ao país onde nasceram, nem ao país onde viveram.

Justin Chon interpreta com brilho o personagem principal. Ele também assina o roteiro e a direção.

E nos emociona com sua luta para permanecer com a família que amava. O ponto mais comovente é a perda que a deportação impõe àquela família.

Haverá esperanças de um dia se reunirem?

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